segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Floripa e seus encantos....

Estivemos com Getulio Inácio, no seu barracão, no Campeche - Sul da Ilha. Gravamos um depoimentos sobre a pesca artesanal a remo, que segundo Getulio em desvantagem com as outras modalidades de pesca, como a industrial e a artesanal a motor, sofre com a mesma legislação, sendo impedida de pescar, mesmo tratando-se de uma atividade de subsistência.

Getulio filho de pescador é também escritor. Registrou no livro “Deca e Zé Perri” a amizade de seu pai, o pescador Manoel Rafael Inácio, conhecido pelo apelido de Deca, com o famoso escritor francês Antoine de Saint-Exupéry , autor do “Pequeno Príncipe”. Ele conta, que Deca tinha dificuldade de pronunciar o nome de Exupéry e o transformou em Zé Perri, bem ao jeito açoriano. A amizade se cristalizou e seu Pai ensinava Exupéry a pescar e a preparar frutos do mar.

domingo, 31 de outubro de 2010

Renda de Bilro

No Café e Restaurante Mercado Velho de Itajaí tivemos a oportunidade de saborear a deliciosa comida elaborada dentro do cardápio açoriano. O restaurante é um ponto de referencia, para quem quer apreciar o melhor da culinária regional e também cultural. Por lá encontramos a Beatris Castanheira chef e proprietária reunida com Dona Erotides Delfino, rendeira de bilro mostrando sua arte.

Dona Erotildes Delfino é artesã e trabalha com renda de bilro com motivo açorianos, desde os 7 anos de idade.

A renda de bilro utiliza um cilindro de pano, que fica sobre um suporte de madeira. Com um cartão perfurado, o desenho da renda é feito e seguido a partir de pequenos furos. Os fios são trançados por meio de pequenas peças de madeira torneada, os bilros. A rendeira executa movimentos rotativos dando forma a renda.

A renda de bilro corre o risco de desaparecer em muito pouco tempo, pela falta de novas rendeiras. Ficamos felizes em encontrar no Café e Restaurante Mercado Velho Dona Erotildes mostrando sua arte.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Festa da Marejada

A Marejada, festa portuguesa e do pescado de Itajaí, faz parte do calendário turístico de Santa Catarina. A festa teve a presença de diversos grupos de dança folclórica e muita comida típica. Destaque para a barraca Açoriana.

A presença açoriana na festa foi facilmente percebida. Registramos o Boi de Mamão, Danças Portuguesas, entre outras.

Nessa 25ª Marejada alem de muita cultura teve na ultima noite o concurso de rainha e princesa. E a presença do grupo musical Tarrafa Elétrica, que fez o show de encerramento.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Filmagem adiada

Infelizmente o mar não estava limpo. Tivemos que adiar as filmagens subaquática, para próxima quarta feira dia 25 de outubro.

sábado, 23 de outubro de 2010

Desvendando o Mar

Hoje é um dia importante. As previsões de dia ensolarado e água limpa animam a equipe. Estamos a caminho de gravarmos as cenas com a câmera subaquática.

Almoço em família.

Um jantar na casa da proprietária e chef do excelente Restaurante Lindomar, Claudia Rubia Schulle Coelho, essa descendente de alemães, nascida em Blumenau. Na intimidade do seu lar pudemos registrar o preparo de uma calderada de frutos do mar junto com seu marido João, o filho Thiago e a prima Sabrina e a pequena Catarina.

Claudia falou, que nesses encontros familiares não dispensam a oportunidade de apreciar a culinária açoriana, e que, por viver em Penha, sua família absorveu a cultura açoriana e se consideram perfeitos manezinhos. Desse jeito a influencia açoriana vai modelando e dando contorno a cultura local, conquistando e ampliando.

Vitoria

Filmamos com a Vitoria, menina de 8 anos, desinibida, inteligente, conseguiu encantar a equipe com seu jeitinho meigo.

A Escola Estadual Manuel Henrique de Assis, onde Vitoria estuda, abriu as portas, para nossa equipe. Gravamos uma aula, onde o tema foi aspectos da cultura açoriana, como: historia, folclore, gastronomia, pesca, artesanato e religiosidade. Muitas das crianças, são filhas ou netas de pescadores, como a própria Vitoria. Elas se reconhecem, como açorianas e o orgulho esta presente.

Bate papo na rádio.

Filmamos na Rádio Pérola FM, o programa de entrevistas “Sala de Visitas”de Renato Amorim. Programa semanal, ao vivo, que vai ao ar todas sextas feiras as 10 horas da manha.

No programa Amorim recebe personalidades da cidade de Penha e dos municípios vizinhos, gente inteligente, para bate papo recheado de cultura. Na ultima sexta feira foram entrevistados Claudio Bersi, escritor e pesquisador da cultura açoriana e Maria do Carmo Ramos Krieger, historiadora, pesquisadora e diretora da Escola Estadual Manuel Henrique de Assis. A conversa girou em torno da mais expressiva manifestação da cultura açoriana, a festa do Divino Espírito Santo, que é realizada no município de Penha há 174 anos. A festa segundo os convidados une os Devotos em torno da fé e da religiosidade reforçando as características açorianas de amizade e hospitalidade. Um dos maiores legados desse tradição.

Perda.

Registramos com profunda tristeza a noticia da morte do senhor Teodoro, pai de Isonete e Francisca. Guardamos na lembrança o momento de gravação, que tivemos com a família.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Voltando a Penha

A equipe da Estação TV esta de volta a Penha - Santa Catarina. Voltar a Penha é reencontrar amigos, num lugar que se tornou especial. Penha, cidade de rara beleza, e gente hospitaleira.

Nosso objetivo é concluir as filmagens do documentário Homem ao Mar.

Estamos hospedados na Pousada Mirante do Bosque, localizada em cima de um morro, com o mar a frente. O local é de tirar o fôlego. O horizonte é pura inspiração. Comandado pelos simpáticos donos, Arnaldo Dias e sua esposa Cléa. A Pousada possui apenas 13 chalés espaçosos e confortáveis. O excelente atendimento é outro ponto alto do lugar. Tudo isso na terra dos Manezinhos, apelido atribuídos aos açorianos habitantes do litoral.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ainda em Penha,

Estivemos esperando pela melhora do tempo. Nossa intenção era retratar a pesca do camarão, outra atividade do universo dos descendentes de açorianos no litoral de Santa Catarina

Essa melhora não aconteceu durante nossa permanecia em Penha. Em alguns momentos o vento soprava do mar para o continente, vento chamado de lestada, predominantemente um vento forte e persistente que sopra do leste. Esse vento não permite, que os pescadores saiam para o mar.

Tínhamos a intenção de fazer algumas imagens subaquáticas, que também não aconteceram, pois esse vento, alem do mar ficar muito sujo, como os pescadores se referem ao mar com ondas, acaba por tornar a água também turva, com péssima visibilidade.

Dessa forma alguns aspectos de produção ficaram para o segundo semestre, quando retornaremos para Santa Catarina e daremos continuidade às filmagens do documentário.

E ainda nessa passagem por Penha, voltamos a refinada Pousada Pedra da Ilha, onde estivemos desfrutando da hospitalidade, do conforto das suítes temáticas e das deliciosas instalações como piscina aquecida e piscinas de frente para o mar. Um hotel com charme e muita qualidade.

E também no Hotel Açoriano, um hotel com personalidade, atendimento nota 10, ótima localização, e todo conforto e hospitalidade, que a influência açoriana poderia oferecer.

E para experimentar o sabor da terra tivemos o prazer degustar o cardápio a base de frutos do mar da Petisqueira do Alírio, onde é servida uma variedade de pescados e entradas como o especial bolinho de peixe com queijo derretido. Uma delicia!

E no Restaurante Lindomar onde o self service de padrão internacional, sem custar mais por isso, segue com um cardápio, entre carnes, peixes e massas, é de deixar água na boca só de lembrar.
Esses são alguns dos serviços que Penha oferece, definindo a vocação turística do município.

domingo, 30 de maio de 2010

A Festa do Divino Espírito Santo.

Essa é uma das versões que ouvimos contar...

No século XIV reinava Dom Diniz, sexto rei de Portugal, que se casou com Dona Isabel de Aragão. Dessa união nasceu, Dom Afonso, este enciumado e revoltado, pelo amor que Dom Diniz dispensava ao filho bastardo, Afonso Sanches. Formou um exército e atacou ameaçando tomar o trono do próprio pai.

A mãe temendo pela sorte de sua família oferece, como promessa a coroa do reino ao Divino Espírito Santo. A paz se estabelece no reino e para cumprir a promessa se forma uma grande procissão de entrega da coroa. Dona Isabel solicita, que todos os anos se repita a solenidade e que um súdito seja coroado em um culto dedicado ao Divino Espírito Santo.

Em Penha é uma tradição de 174 anos, que a cidade com forte presença católica, se prepara para a festa do Divino Espírito Santo, enfeitando as casas e as ruas, a igreja recebe decoração especial e o padre prepara o sermão.

A preparação da festa do Divino Espírito Santo começa um ano antes no momento da coroação do Imperador. Muita fé e devoção caracterizam a festa do Divino. Iniciamos as filmagens pelas visitas da Bandeira, onde as casas são abençoadas e se fazem ofertas, para realização dessa grande festa. Tudo com muita fé e emoção.

Esse ano a Fundação Franklin Cascaes e o Nea - Núcleo de Estudos Açorianos organizaram em Florianópolis a abertura do ciclo de festas do Divino, que acontece também em outras cidades do litoral catarinense.

De volta a Penha não perdemos nenhum momento dessa que é, a festa de maior importância para os descendentes açorianos. Registramos as novenas, as missas e a procissão que levam os fiéis para igreja Matriz, onde o novo Imperador é escolhido por sorteio e coroado. Sentimos a emoção solta no ar. A festa tem seu ponto alto em uma grande refeição, que é oferecida para os empregados de vela, de bandeira, de vara, cortejo imperial, fiéis, convidados e o Imperador, que é o organizador desse almoço, para aproximadamente 4.500 pessoas.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Um pouco da história dos Açores.

O Professor Francisco do Vale Pereira esteve com nossa equipe gravando no belo cenário da Fortaleza de São José da Ponta Grossa, que fica localizada na direção norte da Ilha de Santa Catarina.

O Professor nos falou sobre a história da colonização do Arquipélago dos Açores, dos grupos que povoaram as ilhas, das práticas relacionadas ao trabalho, como atividade agrícola e pecuária leiteira, engenho de açúcar, engenho de trigo e aspectos alimentares. O Professor nos descreve, o açoriano como um homem, que tinha o mar como porta, para os sonhos, desejos e necessidades. O lugar das chegadas e das partidas

Como prática daquele tempo, devido as dificuldades de navegação, os grupos que iniciaram o povoamento dos Açores foram quase que esquecidos a própria sorte. Tiveram de usar a capacidade de adaptabilidade, para promover a possibilidade de vida e sobrevivência. Características essas, que o individuo português conseguiu desenvolver ao longo de todo período de expansão marítima.

Em meados do século XVIII o tratado de Tordesilhas não era mais respeitado na prática, em 1750 é firmado o Tratado de Madrid, que consagrou o princípio do direito privado romano do uti possidetis, ita possideatis (quem possui de fato, deve possuir de direito). Segundo o Professor Francisco a terra era de quem a ocupava. Sendo assim a vinda dos açorianos para colonizar o sul do Brasil tem como objetivo, ocupar, guarnecer e explorar uma região, que se acreditava rica em metais preciosos.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Trabalho com gosto de lazer.

O Café e Restaurante Mercado Velho, localizado no Mercado Público de Itajaí, onde a Chef Beatriz Castanheira é a dona e responsável pela gastronomia com jeitinho típico da terra.

Além de servir ótima comida, o lugar oferece música, com sotaque regional. Estou falando da banda Tribuzana, que tem em seu repertório, músicas com influência do multi artista e pesquisador Franklin Cascaes. Claro, que fomos conferir e gravar o show da banda Tribuzana.

A idéia é documentar as manifestações dos personagens, que vão enriquecer o filme com os valores culturais açorianos.

A viagem continua.

Colocar o pé na estrada é muito bom, principalmente quando o motivo é para filmar o documentário Homem ao Mar. Como havíamos dito, nossa viagem re-iniciou no último dia 12 de maio. Esses últimos 3 dias foram intensos. Desde a nossa chegada a Santa Catarina, tivemos uma agenda apertada de compromissos e gravações..

A vantagem de viajar por Santa Catarina é passar por lugares belíssimos e em companhia de novos e antigos amigos. Dessa vez a primeira parada foi a cidade de Itajaí, onde está localizado o Porto de Itajaí, um dos maiores portos do pais.

Em dezembro de 2008, Itajaí foi uma das cidades mais devastadas pelas chuvas. O aumento do nível da água do rio Itajaí-Açu destruiu integralmente o berço 1, e parcialmente os berços 2 e 3, que estão sendo reconstruído. Apenas o berço de número 4 ficou em condições de operação.

Segundo o diretor Comercial, Robert Grantham, Porto de Itajaí caracteriza-se por ser essencialmente exportador, as principais mercadorias movimentadas pelo Porto de Itajaí são: madeira e derivados; frangos congelados (maior porto exportador do Brasil); cerâmicos; papel kraft; máquinas e acessórios; tabacos; veículos, têxteis; açúcar e carne congelada.

E também falamos com a historiadora Hilene do Amaral Pereira Granja Russo, que trabalha no arquivo do Porto e desenvolve um trabalho de resgate da história da atividade portuária ligadas a navegação de comercio exterior e transporte marítimo.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Grupo Unipetro, empresas do futuro

Símbolo de um Brasil, que se desenvolve e cresce, o Grupo Unipetro realiza, investe continuamente absorvendo inovações e ao mesmo tempo preservando os requisitos essenciais e socialmente corretos, como responsabilidade social e ambiental.

As empresas TRR (Transportadoras, Revendedor e Retalhista) do Grupo Unipetro como: Combuluz, Serra do Mar, entre outras estão acostumada a equilibrar características, que parecem opostas, mas que na verdade, são complementares, fornecer combustível de comprovada qualidade, respeitando e preservando o meio ambiente.

Com a mesma política de qualidade o Grupo Unipetro atua no setor automotivo, outro setor que construiu posição de liderança no mercado. A Toriba Veículos, revendaVolkswagen, grande no tamanho e maior ainda na eficiência foi uma das primeiras concessionárias a conquistar o ISO 9002, e por 4 anos consecutivos foi eleita pela montadora o melhor atendimento ao cliente de São Paulo.

A Sampa Motors, uma revenda de automóveis Honda, localizada na Zona Norte de São Paulo, mais um exemplo de empresa que trabalha com profissionalismo, ética e excelência no atendimento. Seus conceitos também são novos e combinam desenvolvimento e responsabilidade ambiental. Como preocupação coloca em práticas ações, que respeitam o meio ambiente e preservam o futuro, como: caixa separadora de resíduos, coleta seletiva de lixo, lavagem a seco, captação de águas pluviais, pintura com tintas a base de água, reciclador de tinner, desenvolvendo com sucesso relacionamentos duradouros com os clientes e comunidades.

E a Servmar, empresa que atua na área de meio ambiente e engenharia Com ações pautadas pelo uso sustentável dos recursos naturais, atende indústrias químicas, petroquímicas, metalúrgicas, bases de armazenamento e distribuidoras de combustíveis, transportadoras, construtoras, órgãos públicos e ambientais, dentre outros segmentos.
Buscando sempre aliar preservação ambiental e segurança operacional, a Servmar garante a qualidade de seus serviços, contando com uma abordagem multidisciplinar, realizada por uma equipe de profissionais altamente qualificados e preparados para aplicar a mais avançada tecnologia na solução de problemas ambientais.
As áreas de atuação da empresa são: Áreas Contaminadas, Resíduos, Recursos Hídricos e Engenharia Ambiental.
Hoje a Servmar tem em sua carteira de serviços o atendimento de mais de mil casos de estudos de contaminação de solo e água subterrânea e remediação de aqüíferos e é uma das maiores empresas do setor, com mais de 300 funcionários e escritórios e apoios técnicos em diversas cidades brasileiras a na América do Sul.


O Grupo Unipetro confirma a posição de liderança nos mercados onde atua, com qualidade, responsabilidade social e comprometimento com o meio ambiente. E ao apoiar o filme documentário Homem ao Mar, imprime atitude resgatando respeito à vida, nas mais variadas necessidades do ser humano, entre elas a cultura.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

4.735 km percorridos.

Muita gente é apaixonada por carro, outros gostam de dirigir, mas não ligam muito. Não sei onde você se enquadra. Eu pessoalmente adoro dirigir. E tive a oportunidade de dirigir uma Toyota SW4.

Sem nenhum exagero, dirigir esse carro é um privilegio.

As qualidades do carro - desempenho, conforto, tecnologia e força são facilmente notadas. Um carro que inspira confiança.

Hilux SW4 um carro com vocação para o trabalho!

A bordo da SW4 visitamos parte do litoral de Santa Catarina – São Francisco do Sul, Penha, Piçarras, Barra Velha, Itajaí, Enseada de Brito, Garopaba e em Florianópolis - Ribeirão da Ilha, Pântano do Sul e Açores.

Essa foi apenas à primeira fase do projeto. A viagem continua, estaremos pegando a estrada rumo a Santa Catarina, no próximo dia 12 de maio.

Outras cidades

Garopaba das belas paisagens é um dos destinos preferidos, para quem costuma ir a Santa Catarina.

Dessa cidade turística revelamos um pouco mais da cultura açoriana. A igreja localizada no alto da parte velha, revela a beleza da baia.

Pudemos registrar a grande presença de pescadores, que se preparam, para pesca da Tainha, evento, que se inicia agora no mês de maio. Fomos acolhidos pelo Lobo Hotel, com a gentileza e hospitalidades de seus atendentes. A Ponta da Vigia, mesmo com todo avanço imobiliário, resiste exalando rara beleza.

No Pântano do Sul, na Ilha de Santa Catarina estivemos no Restaurante do Arante. O dono, o Arante, é descendente de açorianos, tem tia benzedeira, e é vice presidente da casa dos Açores em Florianópolis.

O restaurante tem em suas paredes milhares de recados deixados por visitantes, semelhante ao Bar do Peter na Ilha do Faial nos Açores. A Ilha do Faial é uma parada obrigatória, para navegação, ainda hoje. Os antigos costumavam deixar recados, para outros navegantes como um verdadeiro correio. Criando uma tradição.

E também ...

Estivemos na cidade de São Francisco do Sul outra bela cidade do cenário catarinense, que fica na terceira ilha mais antiga Brasil. Por lá se encontra arquitetura preservada, onde é fácil encontrar os casarios antigos, museus e a presença da cultura açoriana. Iremos retornar, pois será assunto do filme.

Nossa Senhora do Desterro

Nossa Chegada Florianópolis Foi Uma repleta de acontecimentos.

Estivemos NA Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Onde Encontramos o Joi Cleiston Alves, coordenador geral do Núcleo de Estudos Açorianos - NEA. Ele nsa Falou do Trabalho do NEA Não Mapeamento da cultura açoriana catarinense (Folclore 
 - Arquitetura 
 - Produção artesanal 
 - 
 gastronomia - 
 religiosidade - 
 literatura popular - Jogos e Brinquedos 
 - Documentos 
 - Meios de Transportes). Segundo ele se percebe, Que Fazer Muito Orgulho e do Reconhecimento da identidade açoriana SE DEVE AO Trabalho do NEA.

Também nsa Falou de Aspectos da cultura açoriana, em especial Uma festa do Divino Espírito Santo, acompanhado Tem que Registrado em e fotos HÁ ALGUNS anos, em Diversas Cidades no Estado de Santa Catarina, nsa Como Também Açores. Aponta o Quanto a Unidade açoriana ESTA PRESENTE Onde se comemora Uma festa.

Também estivemos E com NEA Fazer o sub-coordenador de Comunicação Francisco do Vale Pereira, Que SEUS Concluiu estudos de MIMstrados em Ponta Delgada. Em nosso encontro, abordou Francisco Aspectos da historia do DOS Arquipélago Açores, SUA Ocupação e Colonização. Alem claro da Vinda Desses Primeiros descendentes açorianos Para a Ilha de Nossa Senhora dos Desterro, Florianópolis Hoje.

E Ainda Coincidentemente Encontramos Uma prefeita Sra. Berta Cabral de Ponta Delgada, Uma Cidade da Ilha de São Miguel do Arquipélago dos Açores, Que Veio receber o prêmio de "Mulher do Ano 2009" no Brasil. Houve uma Oportunidade nd agenda da prefeita, parágrafo a, hum Encontro com Nossa Equipe Mais dinamizando Ainda Como Nossas Pesquisas, com Oportunidades de entrevistas. A prefeita Falou das semelhanças Entre o Brasil em especial Santa Catarina e OS Açores e Uma importância da festa do Divino Espírito Santo Na Unidade cultural açoriana.

Um outro estudioso auténtico "É o Professor Doutor Nereu do Vale Pereira, Que hum Foi dos Criadores do Núcleo de Estudos Açorianos - NEA nd Universidade de Santa Catarina - UFSC. Concedeu entrevista Uma Parágrafo NA Nossa Equipe Pousada do Museu, Ribeirão da Ilha n º - SC, Onde Museu Etnológico o EXISTE, Que Acervo UM Possui, Ligado à colonização da Ilha de Santa Catarina e recebe regularmente Visita de Estudantes.

Num Professor Nereu Agradável nsa bate papo-Falou da Caça da Baleia da, Antiga Tradição praticadas açorianos Pelos Primeiros, farinha de mandioca Dentro da gastronomia açoriana e OS Aspectos da cultura açoriana de base.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Discípulo do mestre

Encontramos o historiador e museólogo Gelci José Coelho (Peninha), na Enseada de Brito (Palhoça/SC), onde mora. Ele recebeu nossa equipe para um bate papo sobre a herança cultural açoriana.

Peninha nos contou que trabalhou com o multi-artista e pesquisador Franklin Cascaes, que foi o precursor em registrar aspectos culturais, costumes, histórias, lendas e superstições dos descendentes açorianos na Ilha de Santa Catarina.

Segundo Peninha, Cascaes acreditava, que a rica cultura açoriana estava se perdendo. O individuo açoriano não tinha registros escritos, o que se sabia era transferido pela oralidade. Cascaes além de registrar literariamente o que escutou, desenhou e produziu instalações. Seu material já foi até cobiçado por Universidade Norte Americana da cidade de Boston, onde tem uma grande comunidade açoriana. Os americanos chegaram a pensar também na transferência de Cascaes e Peninha além do arquivo.

Peninha ligado ao fantástico mundo de Cascaes permaneceu trabalhando junto a obra no Museu da Universidade Federal de Santa Catarina. No encontro pudemos revelar um profundo conhecedor da obra e grande contador de historias.

sábado, 24 de abril de 2010

Aconteceu na sexta feira dia 24 de abril

Ponto de Encontro ...

O Mercado Público originalmente construido em 1917, para ser comercio de pescados. Já foi completamente destruído por um incêndio, restaurado, e tombado como patrimônio histórico. Hoje o lugar oferece em seu espaço aspectos culturais da Região, nas lojas de artesanato e no Restaurante Mercado Velho. O local é reduto cultural da cidade, onde a música com temática açoriana anima os visitantes.

Musicalidade ...

Pra quem não sabe Tribuzana é chuva forte com vento sul, e é também o nome da banda Itajaense dos músicos Mário Jr - percussão e bateria e Chico Preto - percussão e vocal. A Banda de rock desenvolve um som percussivo, suingado e traz no repertório músicas como, "debaixo das saias de Catarina" e "o Balaio das Idéias", inspiradas na obra do historiador da cultura açoriana Franklin Cascaes. Rolou Tribuzana em forma de conversa e Interesses de alinhamento, para trazer a Tribuzana musical para a trilha do documentário Homem ao Mar

Outra banda, Tarrafa Elétrica, miscigenada na composição regional de seus Integrantes, foi assunto musical das nossas pesquisas. Estivemos com o Gustavo, o Guma, nascido em Brasília e há sete anos morando em Itajaí, apresentou o trabalho da banda, como as músicas "auto-dançante" e "Seu Arlindo".Comentou, que as pesquisas sobre as tradições da região como, o boi-de-mamão, o pau-de-fita e as rendeiras, fornecem a base, para as composições do Che, que é vocal da banda, e filho da terra de Itajaí.

Renda de Bilro ...

É difícil de definir a verdadeira origem da renda de bilro . Alguns pesquisadores defendem ser proveniente do oriente - China ou Índia, outros que surgiu na Itália no século XV. Por aqui, essa importante manifestação cultural chegou com a vinda dos açorianos para Santa Catarina.

Visitamos dona Erotildes, rendeira de Itajaí, que nos recebeu em sua casa, para mostrar como é feita a renda e os apetrechos utilizados na confecção, como fios, bilros de madeira, almofada cilíndrica e alfinetes, Dando forma a esse que é um dos mais belos artesanatos catarinense.

Danças ...

Estivemos com Graziela Pereira, professora e coreógrafa do grupo de dança Eduxi, que desenvolve trabalho há dez anos de resgate da cultura açoriana. O grupo é formado na periferia da cidade, por jovens dançarinos, segundo Graziela a dança oferece oportunidade de objetivar a vida. É a cultura açoriana criando oportunidade de emancipação social.

Encontros ...

Nossa noite fechou em uma conversa, com o jornalista Rogério Pinheiro, que comentou sobre o seu livro intitulado "Nova Ericeira", que segundo ele aborda a história sobre os imigrantes de Ericeira, cidade continental portuguesa, que vieram para a cidade de Nova Ericeira. Hoje Porto Belo em Santa Catarina e a importância desses imigrantes no desenvolvimento da atividade pesqueira no Estado. Ficamos curiosos em ler e conhecer o seu estudo. Vamos tentar encontrar o seu livro.

Esse homem do mar...

Desde os tempos antigos o mar transmite fascínio e possibilita sustento a humanidade.

Quem não sente emoção ao ver o mar?

Desvendar os mistérios dos oceanos e descobrir sua incrível diversidade biológica, é sobretudo, preocupar-se e comprometer-se com os recursos desse ambiente.

Para alguns, o mar é motivo de inspiração e dedicação.

Estivemos ontem na Univali em Itajaí, conversamos com os professores do curso de Oceanografia, a Mestre Profa. Maria Inês Freitas dos Santos, com o Mestre Prof. Roberto Wahrlich, com o Mestre Prof. Rodrigo Medeiros, com a pesquisadora Carina Catiana Foppa do Núcleo dos Estudos Sócio Antropológicos e Políticos - NESP e ainda encontramos com o Doutor Prof. Gilberto Caetano Manzoni.

Esses também são personagens do filme Homem ao Mar. Contribuindo com seu conhecimento, para normatizar e adequar a dinâmica de trabalho, praticada pelo homem do mar.

Agradecimentos

Queremos inicialmente agradecer ao pessoal da Secretaria de Turismo de Penha, Larissa Andrade, Simone Cardoso e Lisiane Kuhn, pela disposição e interesse no projeto Homem ao Mar.

E lembrar e agradecer o importante envolvimento das pessoas como, Calinho o pescador, Michel seu filho, Nanco, a benzedeira, os Maricultores, Beto folião da festa do Divino, Cida empregada da festa, que serviu um delicioso almoço na sua casa no ultimo domingo, seu irmão e esposa respectivamente Imperador e Imperatriz da Festa do Divino, a outra Cida sempre presente, o Marcos engajado nos aspectos da cultura local, Márcia disponível e sempre pronta a ajudar, Luciene e sua música, Misael sempre do nosso lado, as mulheres da oração na Capela de São João Batista, seu Doro contador de histórias e sua neta Vitória, Isabella e Rogério os pais de Vitória, seu Teodoro de cima de seus 90 anos garante a presença do homem que viveu parte do passado, que estamos investigando, Isonete e Franscisca filhas de seu Teodoro, Margarete e equipe do Hotel Açoriano, que nos deu morada em Penha, o Carlos da Petisqueira do Alírio, esse sabe receber, até parece açoriano e Tiago e Cláudia do restaurante Lindomar.

E a todos não citados, que encontramos até agora, que vão revelando essa vida açoriana – trabalho, religião, culinária, arte, festa, música, lazer, aspectos que vão sendo, assim, recordados, de modo concreto e sensível.

Lembrando dos amigos, vamos seguindo viagem e pelo caminho vão ficando as novas amizades.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Chovendo em Itajaí

Mesmo o dia chuvoso não atrapalhou. Nosso dia começou muito bem em Itajaí.

Uma cidade grande com simpatia, carinho, receptividade e jeito de cidade pequena. Características notadas pelos lugares por onde passamos e marcantes do povo deste estado.

A Secretaria de Turismo, fica em frente ao Porto de Itajaí, que é o único terminal portuário municipalizado do país e que abre as fronteiras do Brasil para o mundo.

Itajaí é uma cidade de base açoriana, e portanto, motivo da nossa passagem e permanência.

Hoje estivemos na Secretaria de Turismo, com Wagner Lúcio de Souza – Secretário, Maria Valdete Orci de Campos – Diretora de Promoção e Divulgação e Darlan Martins – Diretor de Planejamento, num bate papo descontraído, falamos sobre manifestações da cultura açoriana, como: folclore, artesanato, literatura, música, etc. Percebemos que o pessoal abraçou o nosso projeto, disponibilizando contatos e facilidades, para a produção do documentário.

E como não poderia deixar de comentar, nos presentearam com belíssimos livros sobre a cidade de Itajaí e o estado de Santa Catarina.

Valeu Secretário e Equipe. Muito obrigado!

terça-feira, 20 de abril de 2010

O Pirão D Água é fantástico


Sarita Santos, filha do poeta Picucho Santos, é dona do restaurante Pirão D Água, onde serve um cardápio com sotaque açoriano. Sarita além de excelente chef é também apaixonada, por tudo que envolve Penha, em especial a praia de Armação de Itapocorói, onde fica situado seu restaurante.

Passamos o dia gravando aspectos da gastronomia açoriana, relatados e preparados pela Sarita. A busca desses indícios da cultura açoriana tem se revelado intensos em Penha, onde a cada dia nos deparamos com fatos, que estão dando forma ao documentário.

No Pirão D Água, a comida é servida em alguidar e a concertada é uma bebida a base de pinga, que prepara o apetite. A farinha de mandioca e o peixe são a base dessa comida açoriana, que Sarita defini, como simples. E também simples, é a vida desse homem açoriano, que tem o mar como seu mais importante meio de vida.

A conversa também girou em torno de lembranças do saudoso Sebastião Aurélio dos Santos, o Picucho, que deixou vasto material literário, transformado por Sarita em um lindo livro de poesias, onde revela sensibilidade e amor `a cultura açoriana.

domingo, 18 de abril de 2010

Divino Espírito Santo

“Com licença o dono da casa e a todos os presentes, pois neste dia maravilhoso, que Deus abençoou, viemos anunciar a bandeira do Divino na sua casa chegou.”

A festa do Divino Espírito Santo é umas das mais tradicionais do calendário da cultura açoriana. É realizada pelos devotos, que seguem em comitiva, levando a bandeira do Divino pelas casas em uma procissão até o anoitecer. A festa se repete anualmente. Os participantes relatam acontecimento milagrosos e recebem da comitiva uma benção, para proteção, que unem os Devotos em torno da fé e da religiosidade. A cada ano se reforça as características açorianas de amizade e hospitalidade. Tudo gira em um ambiente de muita emoção.

Estamos sendo acolhidos nessa passagem por Penha, como se fossemos velhos amigos, Essa boa sensação de (re)conhecer o Beto, o Marcos, as Cidas, a Márcia, o Doro e sua família, Teodoro e sua família, o Misael, o Calinho, o Michel, a Sarita e seus filhos, o Gilberto, o Renato, etc, etc, etc, é unânime para nossa equipe.

Quando partimos, vamos levar saudade

Fonte: Carneiro, Vilmar. Divino Espirito Santo: o império da fé. Itajaí – SC, Ipéamarelo, 2006

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Percorrendo o caminho.


O Prof. Gilberto Manzoni da Univali – Universidade do Vale do Itajaí ligado a pesquisa de maricultura levou nossa equipe, para conhecer e registrar o processo de criação do marisco. Segundo o Prof. Gilberto, o pescador da região consegue, com o cultivo do marisco, uma alternativa econômica e conserva suas raízes, como trabalhador do mar.


O dia começou no mar e logo após fomos conferir a religiosidade da comunidade açoriana de Penha, na Capela São João Batista, que foi construída em 1759, e é considerado o mais valioso patrimônio arquitetônico de Penha.

O dia terminou com um belíssimo por-do-sol na praia do Trapiche. E a noite seguimos, para um encontro com a Sarita Santos, raiz açoriana em Penha, conhecedora da cultura açoriana e dona do excelente restaurante Pirão D Água, onde oferece pratos do cardápio açoriano.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Rara beleza de Itapocorói

Ontem estivemos na Armação do Itapocorói, com Renato Amorim dono do Hotel Açoriano, que nos concedeu uma entrevista. Grande conhecedor da cultura açorina, tem se dedicado a pesquisa do tema.

Contou, que a região de Penha foi colonizada por açorianos, que escolheram Armação do Itapocoroy para abrigar o complexo, para a captura e beneficiamento da baleia, exercida até o seculo XIX, quando foi substituida por outras praticas, como a pesca artesanal e hoje a maricultura.

Falou também da religiosidade, da tradição, da família, das festas açorianas e da coragem do pescador Açoriano, que se lançava ao mar em pequenas embarcações, para defender o sustento da família


terça-feira, 13 de abril de 2010

Penha. Dia 3

Às 6 e 40 da manhã nasceu hoje o sol na Praia Alegre, em Penha/Santa Catarina. As nuvens, que obrigaram o sol a se esforçar um tanto a mais pra aparecer, só acrescentaram beleza a imagem.


Ainda de manhã o Homem ao Mar encontrou pescadores na Armação (antiga armação baleeira de Itapocorói, hoje Penha). Foi um bom bate-papo sobre a profissão do pescador na região, suas alegrias e dificuldades. Todos nos receberam espontaneamente e muito bem, obrigado!

Agradecemos ainda à Secretaria de Educação de Penha pelas informações preciosas. E ao senhor Claudio Bersi de Souza, escritor de Penha, grande pesquisador e conhecedor da cultura açoriana.


segunda-feira, 12 de abril de 2010

Penha. Dia 2

A cidade de Penha nos foi muito generosa nesse primeiro dia de filmagens! As situações mais inexperadas resultaram em belas imagens e ótimos contatos.


Quem diria que uma inocente visita à praia de manhã renderia uma viagem de barco com maricultores?


Amanhã o dia promete novidades.

domingo, 11 de abril de 2010

Expedição lançada!

Hoje foi o grande dia! A expedição do Homem ao Mar finalmente começou!

Tivemos uma ótima viagem de São Paulo a Santa Catarina, apesar das ameaças de mal tempo das últimas semanas. Sol e céu azul em terras catarinenses!

Nossa primeira parada foi Penha, onde a Pousada Pedra da Ilha nos recebeu excepcionalmente bem. Ótimas acomodações e visual fantástico.


Agora sim! Com direito a banho de mar e alma lavada, o Homem ao Mar avançará com as pesquisas, entrevistas e primeiras filmagens. Daremos informes diários da aventura! Aguarde fotos e novas notícias!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Cultura de base açoriana catarinense

Como prometido, voltamos ao assunto da adaptação pela qual a cultura trazida dos Açores passou (e ainda passa) no litoral de Santa Catarina.

São muitos os fatores que provocaram modificações nos hábitos originais: por exemplo, as condições geoclimáticas e os tipos de solos existentes no Brasil são totalmente diferente dos encontrados nos Açores. Tais padrões impuseram o desafio da adaptação a novos cultivos e, consequentemente, a novos padrões alimentares.

Muitos desses novos hábitos e modos de vida foram incorporados da vivência com os habitantes locais de origem vicentistas (paulistas), indígenas, negros e ainda, posteriormente alemães, italianos e poloneses.

Desse contato e adaptação, que já leva mais de 250 anos, consolidou-se no litoral de Santa Catarina uma cultura homogênea, chamada, por Vilson Francisco de Farias, de CULTURA DE BASE AÇORIANA CATARINENSE. Ela é praticada ao longo de todo esse território pelos descendentes de açorianos, a maioria da população regional.

Quando comparada à cultura açoriana praticada nos Açores, existem diferenças tanto na gastronomia, como na música e danças, religiosidade, métodos de produção e seus produtos. Mas também existem semelhanças mantidas durante todo esse tempo, principalmente na essência do modo de ser, nos valores morais e religiosos.

A cultura de base açoriana é vivida e praticada de diferentes modos ao longo dos 500 quilômetros da costa catarinense. Viajando de município a município, a equipe do documentário Homem ao Mar buscará retratar um pouco dessas semelhanças e diferenças. Espere por muitas novidades a partir da próxima semana!

Fonte:
Dos Açores ao Brasil Meridional: Uma viagem no tempo - Vol. 2, de Vilson Francisco de Farias

sábado, 3 de abril de 2010

Influência na arte popular brasileira

Os costumes descendentes dos Açores, e largamente difundidos pelo litoral de Santa Catarina, tornam-se constantemente temas para os artistas locais em música, artesanato e pinturas. As duas canções que disponibilizamos abaixo são de artistas localizados em Florianópolis que exaltam tais tradições, cada qual a sua maneira.

Casa Açoriana, do Grupo Gente da Terra - Nessa música a letra trata de hábitos diversos da rotina do homem litorâneo de Santa Catarina, desde preferências culinárias, práticas de trabalho (pesca, agricultura) e religiosidade, até a forma como eram (são?) as suas casas - com a presença do pomar, galo cantador e engenho de farinha.

Opereta do Mané, de André Calibrina - Uma divertida marchinha de carnaval que evoca a transformação do termo "manezinho" - forma como o descendente de açoriano é tratado coloquialmente em Santa Catarina. O apelido, que antes era usado de maneira pejorativa, ganhou outra conotação e atualmente é motivo de orgulho, pois passou a ser interpretado como uma afirmação da ligação da pessoa com o local e costumes. Assim, nessa letra, os hábitos típicos, como comer pirão d'água e (o molusco) berbigão, acompanham o refrão orgulhoso: "Sou manezinho mas não sou nenhum bocó!"

Conheça mais sobre os artistas!

Fonte: De "praiano indolente" a "açoriano-descendente" - a emergência da cultura açoriana em Santa Catarina, de Eugênio Lacerda.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Lendas e superstições

Uma infinidade de estórias sobre bruxas, lobisomens, boitatás, e fantasmas enche o imaginário do homem simples do litoral de Santa Catarina, que recebeu dos seus antepassados uma visão de mundo marcada por suas superstições e medos do desconhecido. Transferidas de geração para geração, as lendas trazidas pelos antepassados açorianos somaram a outras incorporadas da população indígena, e ainda hoje há quem nelas acredite.

Para Franklin Cascaes, pesquisador da cultura açoriana em Santa Catarina, a superstição que foi herança do açoriano colonizador, deu-se nos Açores, trazida pelos colonos de vários grupos, entre espanhóis, franceses, náufragos e piratas.

Na época, a interpretação de costumes dava margem à criação de estórias e superstições. Foi o que ocorreu com o curandeirismo, uma medicina rústica que utiliza o conhecimento das plantas para tratamento de doenças, chamado então de bruxaria.

Em Santa Catarina, as estórias se favoreceram pela falta de comunicação de então, pelos caminhos distantes entre os vizinhos, pelas matas fechadas. "Por exemplo, para ir à pesca, para ir acudir uma pessoa da família que estava doente, para viajar para amanhecer em determinado lugar ou por uma necessidade qualquer de ter de viajar dentro da noite, para isso usavam uma porção de superstição:

- Não se deve abrir a porta da casa antes do galo cantar. Quando o galo canta ele espanta todas as visões, e todos os fantasmas.

- Usavam colocar no bolso dois ou três dentes de alho vestido, com a casca, e mastigavam pelo caminho. Espantavam cobra, aranhas, animais peçonhentos e até fantasmas. A bruxa, por exemplo, tem verdadeiro horror a alho."

Aos poucos vamos apresentando os costumes e superstições originados na cultura açoriana.

Fontes:
- Franklin Cascaes: Vida e arte, e a Colonização Açoriana, de Raimundo C. Caruso.
- Dos Açores ao Brasil Meridional: Uma viagem no Tempo. Vol. 2, de Vilson Francisco de Farias.

terça-feira, 30 de março de 2010

Casa de Portugal/SP

O Homem ao Mar agradece à Casa de Portugal, em São Paulo, pela receptividade. Nossa visita foi de grande utilidade para pesquisa, pois encontramos livros já não disponíveis em livrarias e sebos de São Paulo.



Além do interessante acervo da biblioteca, destacamos também a beleza do prédio, em plena Avenida Liberdade, que ainda abriga um restaurante e um pub.



Conheça mais sobre a Casa de Portugal de São Paulo!

Fotos: Danielle Kas

segunda-feira, 29 de março de 2010

O arquipélago dos Açores - História

Como falar tanto de açorianos no Brasil, sem apresentar o belíssimo arquipélago dos Açores? Hoje daremos início a uma série de posts sobre as ilhas, primeiramente apresentando sua história mais antiga, na rota das navegações oceânicas a partir do século XV.

É preciso ver o arquipélago dos Açores como um importante elo nas operações ultramarinas da Europa com o resto do mundo. Portugueses, espanhóis, franceses, holandeses, ingleses, usaram e abusaram do arquipélago, seja como ponto estratégico de aguada e abastecimento, seja como região de pilhagem das riquezas transportadas pelas frotas rivais. Foi escala obrigatória das grandes frotas que voltavam para Europa provenientes das Américas portuguesa e espanhola, bem como da Rota das Índias Orientais.

(Clique na imagem para ampliar)

O intenso tráfego exigiu então o estabelecimento de um aparato militar defensivo, formado por fortalezas junto aos principais portos, e frotas de navios de guerra. Isto possibilitou o desenvolvimento de atividades econômicas no arquipélago, seja agropecuária ou comercial, e favoreceu o povoamento. A partir de 1439, portugueses, flamengos, árabes e franceses, transformaram os Açores num dos grandes celeiros de abastecimento de trigo, carne, frutas e legumes, tanto da metrópole, como das frotas em trânsito pelo arquipélago.

Nessa época, o desenvolvimento de certas vilas, cidades e ilhas, foi o reflexo desse fluxo de frotas marítimas, que influenciavam diretamente na vida das comunidades, seja movimentando a economia local, ou perturbando a vida de seus moradores. O fluxo de navios estrangeiros de diferentes nacionalidades, abastecidos por produtos diversos, tornavam as cidades e vilas portuárias açorianas locais de intensa atividades comerciais.

Fonte: Dos Açores ao Brasil Meridional - Uma viagem no tempo, de Vilson Francisco de Farias.

sábado, 27 de março de 2010

Arrumando as malas...

O documentário Homem ao Mar é o segundo filme da série “Registros do Brasil”, que começou com o documentário Povos do Bananal, será também no formato de expedição. Claro que os lugares percorridos, desta vez não serão tão inóspitos, como foi andar pela floresta Amazônica e pelo Pantanal, mas podem acreditar, que para desvendar os meandros perdidos da historia e descobrir os vestígios históricos e antropológicos do tema teremos a aventura, como ingrediente.

Dando continuidade a parceria iniciada no filme Povos do Bananal, contamos com o apoio da Toyota, que esta nos cedendo um veículo SW4, para essa nova exploração. Estamos muitos ansiosos, para darmos inicio a essa viagem, que começara nesse inicio de abril de 2010.

Nosso ponto de partida é a cidade de Penha, no litoral de Santa Catarina, um dos mais preservados pólos da cultura açoriana no nosso país.

Enquanto isso, confira o trailer do filme Povos do Bananal!