No século XIV reinava Dom Diniz, sexto rei de Portugal, que se casou com Dona Isabel de Aragão. Dessa união nasceu, Dom Afonso, este enciumado e revoltado, pelo amor que Dom Diniz dispensava ao filho bastardo, Afonso Sanches. Formou um exército e atacou ameaçando tomar o trono do próprio pai.
A mãe temendo pela sorte de sua família oferece, como promessa a coroa do reino ao Divino Espírito Santo. A paz se estabelece no reino e para cumprir a promessa se forma uma grande procissão de entrega da coroa. Dona Isabel solicita, que todos os anos se repita a solenidade e que um súdito seja coroado em um culto dedicado ao Divino Espírito Santo.
Em Penha é uma tradição de 174 anos, que a cidade com forte presença católica, se prepara para a festa do Divino Espírito Santo, enfeitando as casas e as ruas, a igreja recebe decoração especial e o padre prepara o sermão.
Esse ano a Fundação Franklin Cascaes e o Nea - Núcleo de Estudos Açorianos organizaram em Florianópolis a abertura do ciclo de festas do Divino, que acontece também em outras cidades do litoral catarinense.
De volta a Penha não perdemos nenhum momento dessa que é, a festa de maior importância para os descendentes açorianos. Registramos as novenas, as missas e a procissão que levam os fiéis para igreja Matriz, onde o novo Imperador é escolhido por sorteio e coroado. Sentimos a emoção solta no ar. A festa tem seu ponto alto em uma grande refeição, que é oferecida para os empregados de vela, de bandeira, de vara, cortejo imperial, fiéis, convidados e o Imperador, que é o organizador desse almoço, para aproximadamente 4.500 pessoas.