segunda-feira, 26 de abril de 2010

Discípulo do mestre

Encontramos o historiador e museólogo Gelci José Coelho (Peninha), na Enseada de Brito (Palhoça/SC), onde mora. Ele recebeu nossa equipe para um bate papo sobre a herança cultural açoriana.

Peninha nos contou que trabalhou com o multi-artista e pesquisador Franklin Cascaes, que foi o precursor em registrar aspectos culturais, costumes, histórias, lendas e superstições dos descendentes açorianos na Ilha de Santa Catarina.

Segundo Peninha, Cascaes acreditava, que a rica cultura açoriana estava se perdendo. O individuo açoriano não tinha registros escritos, o que se sabia era transferido pela oralidade. Cascaes além de registrar literariamente o que escutou, desenhou e produziu instalações. Seu material já foi até cobiçado por Universidade Norte Americana da cidade de Boston, onde tem uma grande comunidade açoriana. Os americanos chegaram a pensar também na transferência de Cascaes e Peninha além do arquivo.

Peninha ligado ao fantástico mundo de Cascaes permaneceu trabalhando junto a obra no Museu da Universidade Federal de Santa Catarina. No encontro pudemos revelar um profundo conhecedor da obra e grande contador de historias.

sábado, 24 de abril de 2010

Aconteceu na sexta feira dia 24 de abril

Ponto de Encontro ...

O Mercado Público originalmente construido em 1917, para ser comercio de pescados. Já foi completamente destruído por um incêndio, restaurado, e tombado como patrimônio histórico. Hoje o lugar oferece em seu espaço aspectos culturais da Região, nas lojas de artesanato e no Restaurante Mercado Velho. O local é reduto cultural da cidade, onde a música com temática açoriana anima os visitantes.

Musicalidade ...

Pra quem não sabe Tribuzana é chuva forte com vento sul, e é também o nome da banda Itajaense dos músicos Mário Jr - percussão e bateria e Chico Preto - percussão e vocal. A Banda de rock desenvolve um som percussivo, suingado e traz no repertório músicas como, "debaixo das saias de Catarina" e "o Balaio das Idéias", inspiradas na obra do historiador da cultura açoriana Franklin Cascaes. Rolou Tribuzana em forma de conversa e Interesses de alinhamento, para trazer a Tribuzana musical para a trilha do documentário Homem ao Mar

Outra banda, Tarrafa Elétrica, miscigenada na composição regional de seus Integrantes, foi assunto musical das nossas pesquisas. Estivemos com o Gustavo, o Guma, nascido em Brasília e há sete anos morando em Itajaí, apresentou o trabalho da banda, como as músicas "auto-dançante" e "Seu Arlindo".Comentou, que as pesquisas sobre as tradições da região como, o boi-de-mamão, o pau-de-fita e as rendeiras, fornecem a base, para as composições do Che, que é vocal da banda, e filho da terra de Itajaí.

Renda de Bilro ...

É difícil de definir a verdadeira origem da renda de bilro . Alguns pesquisadores defendem ser proveniente do oriente - China ou Índia, outros que surgiu na Itália no século XV. Por aqui, essa importante manifestação cultural chegou com a vinda dos açorianos para Santa Catarina.

Visitamos dona Erotildes, rendeira de Itajaí, que nos recebeu em sua casa, para mostrar como é feita a renda e os apetrechos utilizados na confecção, como fios, bilros de madeira, almofada cilíndrica e alfinetes, Dando forma a esse que é um dos mais belos artesanatos catarinense.

Danças ...

Estivemos com Graziela Pereira, professora e coreógrafa do grupo de dança Eduxi, que desenvolve trabalho há dez anos de resgate da cultura açoriana. O grupo é formado na periferia da cidade, por jovens dançarinos, segundo Graziela a dança oferece oportunidade de objetivar a vida. É a cultura açoriana criando oportunidade de emancipação social.

Encontros ...

Nossa noite fechou em uma conversa, com o jornalista Rogério Pinheiro, que comentou sobre o seu livro intitulado "Nova Ericeira", que segundo ele aborda a história sobre os imigrantes de Ericeira, cidade continental portuguesa, que vieram para a cidade de Nova Ericeira. Hoje Porto Belo em Santa Catarina e a importância desses imigrantes no desenvolvimento da atividade pesqueira no Estado. Ficamos curiosos em ler e conhecer o seu estudo. Vamos tentar encontrar o seu livro.

Esse homem do mar...

Desde os tempos antigos o mar transmite fascínio e possibilita sustento a humanidade.

Quem não sente emoção ao ver o mar?

Desvendar os mistérios dos oceanos e descobrir sua incrível diversidade biológica, é sobretudo, preocupar-se e comprometer-se com os recursos desse ambiente.

Para alguns, o mar é motivo de inspiração e dedicação.

Estivemos ontem na Univali em Itajaí, conversamos com os professores do curso de Oceanografia, a Mestre Profa. Maria Inês Freitas dos Santos, com o Mestre Prof. Roberto Wahrlich, com o Mestre Prof. Rodrigo Medeiros, com a pesquisadora Carina Catiana Foppa do Núcleo dos Estudos Sócio Antropológicos e Políticos - NESP e ainda encontramos com o Doutor Prof. Gilberto Caetano Manzoni.

Esses também são personagens do filme Homem ao Mar. Contribuindo com seu conhecimento, para normatizar e adequar a dinâmica de trabalho, praticada pelo homem do mar.

Agradecimentos

Queremos inicialmente agradecer ao pessoal da Secretaria de Turismo de Penha, Larissa Andrade, Simone Cardoso e Lisiane Kuhn, pela disposição e interesse no projeto Homem ao Mar.

E lembrar e agradecer o importante envolvimento das pessoas como, Calinho o pescador, Michel seu filho, Nanco, a benzedeira, os Maricultores, Beto folião da festa do Divino, Cida empregada da festa, que serviu um delicioso almoço na sua casa no ultimo domingo, seu irmão e esposa respectivamente Imperador e Imperatriz da Festa do Divino, a outra Cida sempre presente, o Marcos engajado nos aspectos da cultura local, Márcia disponível e sempre pronta a ajudar, Luciene e sua música, Misael sempre do nosso lado, as mulheres da oração na Capela de São João Batista, seu Doro contador de histórias e sua neta Vitória, Isabella e Rogério os pais de Vitória, seu Teodoro de cima de seus 90 anos garante a presença do homem que viveu parte do passado, que estamos investigando, Isonete e Franscisca filhas de seu Teodoro, Margarete e equipe do Hotel Açoriano, que nos deu morada em Penha, o Carlos da Petisqueira do Alírio, esse sabe receber, até parece açoriano e Tiago e Cláudia do restaurante Lindomar.

E a todos não citados, que encontramos até agora, que vão revelando essa vida açoriana – trabalho, religião, culinária, arte, festa, música, lazer, aspectos que vão sendo, assim, recordados, de modo concreto e sensível.

Lembrando dos amigos, vamos seguindo viagem e pelo caminho vão ficando as novas amizades.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Chovendo em Itajaí

Mesmo o dia chuvoso não atrapalhou. Nosso dia começou muito bem em Itajaí.

Uma cidade grande com simpatia, carinho, receptividade e jeito de cidade pequena. Características notadas pelos lugares por onde passamos e marcantes do povo deste estado.

A Secretaria de Turismo, fica em frente ao Porto de Itajaí, que é o único terminal portuário municipalizado do país e que abre as fronteiras do Brasil para o mundo.

Itajaí é uma cidade de base açoriana, e portanto, motivo da nossa passagem e permanência.

Hoje estivemos na Secretaria de Turismo, com Wagner Lúcio de Souza – Secretário, Maria Valdete Orci de Campos – Diretora de Promoção e Divulgação e Darlan Martins – Diretor de Planejamento, num bate papo descontraído, falamos sobre manifestações da cultura açoriana, como: folclore, artesanato, literatura, música, etc. Percebemos que o pessoal abraçou o nosso projeto, disponibilizando contatos e facilidades, para a produção do documentário.

E como não poderia deixar de comentar, nos presentearam com belíssimos livros sobre a cidade de Itajaí e o estado de Santa Catarina.

Valeu Secretário e Equipe. Muito obrigado!

terça-feira, 20 de abril de 2010

O Pirão D Água é fantástico


Sarita Santos, filha do poeta Picucho Santos, é dona do restaurante Pirão D Água, onde serve um cardápio com sotaque açoriano. Sarita além de excelente chef é também apaixonada, por tudo que envolve Penha, em especial a praia de Armação de Itapocorói, onde fica situado seu restaurante.

Passamos o dia gravando aspectos da gastronomia açoriana, relatados e preparados pela Sarita. A busca desses indícios da cultura açoriana tem se revelado intensos em Penha, onde a cada dia nos deparamos com fatos, que estão dando forma ao documentário.

No Pirão D Água, a comida é servida em alguidar e a concertada é uma bebida a base de pinga, que prepara o apetite. A farinha de mandioca e o peixe são a base dessa comida açoriana, que Sarita defini, como simples. E também simples, é a vida desse homem açoriano, que tem o mar como seu mais importante meio de vida.

A conversa também girou em torno de lembranças do saudoso Sebastião Aurélio dos Santos, o Picucho, que deixou vasto material literário, transformado por Sarita em um lindo livro de poesias, onde revela sensibilidade e amor `a cultura açoriana.

domingo, 18 de abril de 2010

Divino Espírito Santo

“Com licença o dono da casa e a todos os presentes, pois neste dia maravilhoso, que Deus abençoou, viemos anunciar a bandeira do Divino na sua casa chegou.”

A festa do Divino Espírito Santo é umas das mais tradicionais do calendário da cultura açoriana. É realizada pelos devotos, que seguem em comitiva, levando a bandeira do Divino pelas casas em uma procissão até o anoitecer. A festa se repete anualmente. Os participantes relatam acontecimento milagrosos e recebem da comitiva uma benção, para proteção, que unem os Devotos em torno da fé e da religiosidade. A cada ano se reforça as características açorianas de amizade e hospitalidade. Tudo gira em um ambiente de muita emoção.

Estamos sendo acolhidos nessa passagem por Penha, como se fossemos velhos amigos, Essa boa sensação de (re)conhecer o Beto, o Marcos, as Cidas, a Márcia, o Doro e sua família, Teodoro e sua família, o Misael, o Calinho, o Michel, a Sarita e seus filhos, o Gilberto, o Renato, etc, etc, etc, é unânime para nossa equipe.

Quando partimos, vamos levar saudade

Fonte: Carneiro, Vilmar. Divino Espirito Santo: o império da fé. Itajaí – SC, Ipéamarelo, 2006

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Percorrendo o caminho.


O Prof. Gilberto Manzoni da Univali – Universidade do Vale do Itajaí ligado a pesquisa de maricultura levou nossa equipe, para conhecer e registrar o processo de criação do marisco. Segundo o Prof. Gilberto, o pescador da região consegue, com o cultivo do marisco, uma alternativa econômica e conserva suas raízes, como trabalhador do mar.


O dia começou no mar e logo após fomos conferir a religiosidade da comunidade açoriana de Penha, na Capela São João Batista, que foi construída em 1759, e é considerado o mais valioso patrimônio arquitetônico de Penha.

O dia terminou com um belíssimo por-do-sol na praia do Trapiche. E a noite seguimos, para um encontro com a Sarita Santos, raiz açoriana em Penha, conhecedora da cultura açoriana e dona do excelente restaurante Pirão D Água, onde oferece pratos do cardápio açoriano.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Rara beleza de Itapocorói

Ontem estivemos na Armação do Itapocorói, com Renato Amorim dono do Hotel Açoriano, que nos concedeu uma entrevista. Grande conhecedor da cultura açorina, tem se dedicado a pesquisa do tema.

Contou, que a região de Penha foi colonizada por açorianos, que escolheram Armação do Itapocoroy para abrigar o complexo, para a captura e beneficiamento da baleia, exercida até o seculo XIX, quando foi substituida por outras praticas, como a pesca artesanal e hoje a maricultura.

Falou também da religiosidade, da tradição, da família, das festas açorianas e da coragem do pescador Açoriano, que se lançava ao mar em pequenas embarcações, para defender o sustento da família


terça-feira, 13 de abril de 2010

Penha. Dia 3

Às 6 e 40 da manhã nasceu hoje o sol na Praia Alegre, em Penha/Santa Catarina. As nuvens, que obrigaram o sol a se esforçar um tanto a mais pra aparecer, só acrescentaram beleza a imagem.


Ainda de manhã o Homem ao Mar encontrou pescadores na Armação (antiga armação baleeira de Itapocorói, hoje Penha). Foi um bom bate-papo sobre a profissão do pescador na região, suas alegrias e dificuldades. Todos nos receberam espontaneamente e muito bem, obrigado!

Agradecemos ainda à Secretaria de Educação de Penha pelas informações preciosas. E ao senhor Claudio Bersi de Souza, escritor de Penha, grande pesquisador e conhecedor da cultura açoriana.


segunda-feira, 12 de abril de 2010

Penha. Dia 2

A cidade de Penha nos foi muito generosa nesse primeiro dia de filmagens! As situações mais inexperadas resultaram em belas imagens e ótimos contatos.


Quem diria que uma inocente visita à praia de manhã renderia uma viagem de barco com maricultores?


Amanhã o dia promete novidades.

domingo, 11 de abril de 2010

Expedição lançada!

Hoje foi o grande dia! A expedição do Homem ao Mar finalmente começou!

Tivemos uma ótima viagem de São Paulo a Santa Catarina, apesar das ameaças de mal tempo das últimas semanas. Sol e céu azul em terras catarinenses!

Nossa primeira parada foi Penha, onde a Pousada Pedra da Ilha nos recebeu excepcionalmente bem. Ótimas acomodações e visual fantástico.


Agora sim! Com direito a banho de mar e alma lavada, o Homem ao Mar avançará com as pesquisas, entrevistas e primeiras filmagens. Daremos informes diários da aventura! Aguarde fotos e novas notícias!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Cultura de base açoriana catarinense

Como prometido, voltamos ao assunto da adaptação pela qual a cultura trazida dos Açores passou (e ainda passa) no litoral de Santa Catarina.

São muitos os fatores que provocaram modificações nos hábitos originais: por exemplo, as condições geoclimáticas e os tipos de solos existentes no Brasil são totalmente diferente dos encontrados nos Açores. Tais padrões impuseram o desafio da adaptação a novos cultivos e, consequentemente, a novos padrões alimentares.

Muitos desses novos hábitos e modos de vida foram incorporados da vivência com os habitantes locais de origem vicentistas (paulistas), indígenas, negros e ainda, posteriormente alemães, italianos e poloneses.

Desse contato e adaptação, que já leva mais de 250 anos, consolidou-se no litoral de Santa Catarina uma cultura homogênea, chamada, por Vilson Francisco de Farias, de CULTURA DE BASE AÇORIANA CATARINENSE. Ela é praticada ao longo de todo esse território pelos descendentes de açorianos, a maioria da população regional.

Quando comparada à cultura açoriana praticada nos Açores, existem diferenças tanto na gastronomia, como na música e danças, religiosidade, métodos de produção e seus produtos. Mas também existem semelhanças mantidas durante todo esse tempo, principalmente na essência do modo de ser, nos valores morais e religiosos.

A cultura de base açoriana é vivida e praticada de diferentes modos ao longo dos 500 quilômetros da costa catarinense. Viajando de município a município, a equipe do documentário Homem ao Mar buscará retratar um pouco dessas semelhanças e diferenças. Espere por muitas novidades a partir da próxima semana!

Fonte:
Dos Açores ao Brasil Meridional: Uma viagem no tempo - Vol. 2, de Vilson Francisco de Farias

sábado, 3 de abril de 2010

Influência na arte popular brasileira

Os costumes descendentes dos Açores, e largamente difundidos pelo litoral de Santa Catarina, tornam-se constantemente temas para os artistas locais em música, artesanato e pinturas. As duas canções que disponibilizamos abaixo são de artistas localizados em Florianópolis que exaltam tais tradições, cada qual a sua maneira.

Casa Açoriana, do Grupo Gente da Terra - Nessa música a letra trata de hábitos diversos da rotina do homem litorâneo de Santa Catarina, desde preferências culinárias, práticas de trabalho (pesca, agricultura) e religiosidade, até a forma como eram (são?) as suas casas - com a presença do pomar, galo cantador e engenho de farinha.

Opereta do Mané, de André Calibrina - Uma divertida marchinha de carnaval que evoca a transformação do termo "manezinho" - forma como o descendente de açoriano é tratado coloquialmente em Santa Catarina. O apelido, que antes era usado de maneira pejorativa, ganhou outra conotação e atualmente é motivo de orgulho, pois passou a ser interpretado como uma afirmação da ligação da pessoa com o local e costumes. Assim, nessa letra, os hábitos típicos, como comer pirão d'água e (o molusco) berbigão, acompanham o refrão orgulhoso: "Sou manezinho mas não sou nenhum bocó!"

Conheça mais sobre os artistas!

Fonte: De "praiano indolente" a "açoriano-descendente" - a emergência da cultura açoriana em Santa Catarina, de Eugênio Lacerda.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Lendas e superstições

Uma infinidade de estórias sobre bruxas, lobisomens, boitatás, e fantasmas enche o imaginário do homem simples do litoral de Santa Catarina, que recebeu dos seus antepassados uma visão de mundo marcada por suas superstições e medos do desconhecido. Transferidas de geração para geração, as lendas trazidas pelos antepassados açorianos somaram a outras incorporadas da população indígena, e ainda hoje há quem nelas acredite.

Para Franklin Cascaes, pesquisador da cultura açoriana em Santa Catarina, a superstição que foi herança do açoriano colonizador, deu-se nos Açores, trazida pelos colonos de vários grupos, entre espanhóis, franceses, náufragos e piratas.

Na época, a interpretação de costumes dava margem à criação de estórias e superstições. Foi o que ocorreu com o curandeirismo, uma medicina rústica que utiliza o conhecimento das plantas para tratamento de doenças, chamado então de bruxaria.

Em Santa Catarina, as estórias se favoreceram pela falta de comunicação de então, pelos caminhos distantes entre os vizinhos, pelas matas fechadas. "Por exemplo, para ir à pesca, para ir acudir uma pessoa da família que estava doente, para viajar para amanhecer em determinado lugar ou por uma necessidade qualquer de ter de viajar dentro da noite, para isso usavam uma porção de superstição:

- Não se deve abrir a porta da casa antes do galo cantar. Quando o galo canta ele espanta todas as visões, e todos os fantasmas.

- Usavam colocar no bolso dois ou três dentes de alho vestido, com a casca, e mastigavam pelo caminho. Espantavam cobra, aranhas, animais peçonhentos e até fantasmas. A bruxa, por exemplo, tem verdadeiro horror a alho."

Aos poucos vamos apresentando os costumes e superstições originados na cultura açoriana.

Fontes:
- Franklin Cascaes: Vida e arte, e a Colonização Açoriana, de Raimundo C. Caruso.
- Dos Açores ao Brasil Meridional: Uma viagem no Tempo. Vol. 2, de Vilson Francisco de Farias.