São muitos os fatores que provocaram modificações nos hábitos originais: por exemplo, as condições geoclimáticas e os tipos de solos existentes no Brasil são totalmente diferente dos encontrados nos Açores. Tais padrões impuseram o desafio da adaptação a novos cultivos e, consequentemente, a novos padrões alimentares.
Muitos desses novos hábitos e modos de vida foram incorporados da vivência com os habitantes locais de origem vicentistas (paulistas), indígenas, negros e ainda, posteriormente alemães, italianos e poloneses.
Desse contato e adaptação, que já leva mais de 250 anos, consolidou-se no litoral de Santa Catarina uma cultura homogênea, chamada, por Vilson Francisco de Farias, de CULTURA DE BASE AÇORIANA CATARINENSE. Ela é praticada ao longo de todo esse território pelos descendentes de açorianos, a maioria da população regional.
Quando comparada à cultura açoriana praticada nos Açores, existem diferenças tanto na gastronomia, como na música e danças, religiosidade, métodos de produção e seus produtos. Mas também existem semelhanças mantidas durante todo esse tempo, principalmente na essência do modo de ser, nos valores morais e religiosos.
A cultura de base açoriana é vivida e praticada de diferentes modos ao longo dos 500 quilômetros da costa catarinense. Viajando de município a município, a equipe do documentário Homem ao Mar buscará retratar um pouco dessas semelhanças e diferenças. Espere por muitas novidades a partir da próxima semana!
Fonte:
Dos Açores ao Brasil Meridional: Uma viagem no tempo - Vol. 2, de Vilson Francisco de Farias
Nenhum comentário:
Postar um comentário